SILICARBONCLIM (CNPq/MCTI/PROANTAR)

08/03/2024

Sílica biogênica e o sequestro de carbono na região Antártica – balanço biogeoquímico dos nutrientes e as mudanças climáticas (SILICARBONCLIM)

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Chamada Científica: CNPq/MCTI/FNDCT 082023 – Programa Antártico Brasileiro – PROANTAR

A característica das águas antárticas como áreas de alto potencial para o sequestro de carbono atmosférico depende não apenas das propriedades físicas e químicas da água, que facilitam a solubilidade do gás, mas também da ação biológica, associada à produção de matéria orgânica particulada (MOP) na zona eufótica e seu afundamento, proporcionando subsídios aos ciclos biogeoquímicos e o sequestro eficaz de carbono para zonas profundas e/ou acumulação no sedimento. O papel dos organismos silicificantes abundantes nesta área torna o silício biogênico (bSi) um indicador de sequestro de carbono combinado com a biodisponibilidade de nutrientes e fatores ambientais locais, assim como aqueles resultantes de mudanças climáticas passadas e com influência antropogênica.

Objetivo Geral

Avaliar os processos biogeoquímicos dos ciclos de nutrientes com ênfase no ciclo do silício (organismos silicificantes) associado ao ciclo do carbono, a fim de compreender o fluxo vertical de matéria orgânica particulada (POM) na zona eufótica da Baía do Almirantado e o fluxo de CO 2 na interface ar/mar, identificando o potencial de sequestro e possíveis previsões de alteração nesses dois ciclos biogeoquímicos em um cenário de derretimento catastrófico extremo.

O projeto SILICARBONCLIM tem como coordenadora geral a Prof.ª Dr.ª Elisabete de Santis Braga, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. O viés multidisciplinar do projeto agrega parcerias com várias universidades ao redor do mundo, bem como o Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA, Piracicaba – SP (BRA), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN, São Paulo – SP (BRA), a Universidade de Yshieve (EUA), a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica – NOAA (EUA), o Instituto de Desenvolvimento para Pesquisa – Universidade de Sorbonne, Paris (FRA), o Instituto de Investigações Marinhas de Vigo (SPA), a Universidade do Porto – Matosinhos (POR) e a Universidade de Parma (ITA).