Pro-Value Model

Modelo Pró-Valor em Gerenciamento de Projetos

O conceito de cadeia de valor em gerenciamento de projetos é o resultado de uma analogia com as camadas existentes no planeta terra. A divisão em camadas tem fins didáticos e estruturais, mas não deve ser vista de forma estanque.

O sistema terrestre, em princípio, pode servir de base para se traçar um paralelo, para efeitos de analogismo, com o modelo Pró-Valor.

A proposição deste modelo levou em conta os diversos elementos que devem ser explorados pelas organizações que visam institucionalizar o gerenciamento de projetos. Além de uma busca na literatura especializada sobre o assunto o modelo Pró-Valor foi proposto baseado, também na experiência dos autores com a vivência das diversas organizações.

A terra possui, em linhas gerais, um núcleo, manto e crosta. O modelo Pró-Valor é similar. Em seu núcleo encontram-se as atividades meio da cadeia de valor, sintetizadas pelas boas práticas de gerenciamento de projetos, que transferem energia para as demais camadas. O foco é a eficiência nos aspectos de gerenciamento dos projetos, obtida através do uso sistemático das boas práticas de gestão, que envolvem as áreas de conhecimentos, os grupos de processo e o disciplinado monitoramento do ciclo de vida. As empresas recentemente têm adotado estas práticas, que são propagadas pelos guias de gerenciamento de projetos (Body of Knowledges – BoKs).

O manto, a camada intermediária, no modelo Pró-Valor, conforme discutido é o processo de mudança em âmbito organizacional, que envolve estrutura, competência e maturidade em gerenciamento de projetos.

A crosta, última camada, representa a estratégia organizacional, que, assim como na terra, sofre as pressões externas da atmosfera, no modelo representado pelo ambiente competitivo, mas também interfere em sua dinâmica de forma proativa e sustentável. Essa camada tem a responsabilidade de promover seu alinhamento com as demais camadas – manto e do núcleo, bem como de promover os fluxos de aprendizagem e geração de conhecimento.

É claro que há forte interação entre as várias camadas, quer por processos de sedimentação ao longo do tempo, quer por rupturas, erupções e terremotos, ou seja, elas não são independentes entre si.

Marly Monteiro de Carvalho
Roque Rabechini Jr