Polo de Odontologia Digital Aplicado à Educação Faculdade de Odontologia de Ribeirão de Preto Universidade de São Paulo
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04. Emprego da Clorexidina nos Dispositivos Auriculares do Arco Facial (articuladores semi-ajustáveis)

Alice Bolliger Maniglia Currículo Lattes
Heitor Panzeri – Currículo Lattes


página 2

MANIGLIA, A.B. , PANZERI, H. Emprego da Clorexidina nos Dispositivos Auriculares do Arco Facial (articuladores semi-ajustáveis). Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 1 (Série L): página 2, janeiro, 2011. ISSN 2448-1181 1.


MANIGLIA (2007) no Programa de Pós-Graduação (USP / FORP / Reabilitação Oral (Produção CientíficaTese e Dissertação) avaliou qualitativamente a contaminação microbiana de dispositivos auriculares do arco facial, articuladores semi-ajustáveis e in vivo os condutos auditivos externos antes e após anti-sepsia com clorexidina 0,2% de pacientes da Clínica de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP), da Universidade de São Paulo (USP).

MANIGLIA (2007) realizou um plano piloto com 20 articuladores (ramo superior e ramo inferior) e 20 dispositivos auriculares (direito e esquerdo) da clínica de graduação da FORP-USP em dois tempos, início do ano letivo e final do ano letivo. Para os articuladores um swab embebido em salina era esfregado numa área de 4,0 cm² delimitada por template; para o dispositivo auricular o swab era esfregado ao redor deste e então colocados em tubos de ensaio contendo 1,0 ml de salina. Após agitar os tubos, a suspensão era semeada em Agar Tioglicolato e o restante da salina enriquecido com caldo Tioglicolato e incubado a temperatura ambiente por no mínimo três dias para verificação do crescimento microbiano. Foram avaliados também 20 articuladores após desinfecção previa da área delimitada com álcool 70% esfregada com gaze esterilizada por três vezes. Vinte arco faciais (40 dispositivos – direito e esquerdo) fornecidos pela BioArt (São Carlos – SP) foram avaliados após esterilização e uso em paciente. O dispositivo esterilizado era encaixado com auxílio do próprio papel da embalagem de esterilização e colocado no conduto auditivo externo pelo paciente por dois minutos. A seguir o dispositivo era removido com mão enluvada e colocado em tubo de ensaio contendo 1,0 ml de salina. O restante do material e método foi igual ao plano piloto. Foi avaliada a contaminação microbiana de condutos auditivos externos de 20 pacientes; antes da anti-sepsia um swab umedecido em salina era esfregado pelo paciente e após anti-sepsia, um cotonete embebido em clorexidina 0,2% era esfregado por 30 segundos pelo paciente no conduto auditivo externo e a colheita do material era feita após com um swab embebido em salina. O restante do material e método foi igual aos demais grupos. Foi feita a coloração de Gram para identificação dos morfotipos e os cocos gram-positivos (Staphylococcus) semeados em Kit Api Staph (BioMerieux) e os bacilos gram-positivos esporulados e bacilos gram-negativos em serie de Hiss convencional (em tubos). Os cocos foram identificados como: Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus roseus, Staphylococcus asaccharolyticus, Staphylococcus minimus, e ainda Kokuria ryzophyla; os bacilos gram-positivos aerobios esporulados como: Bacillus atropheus, Bacillus acnes, Bacillus alvei e o único bacilo gram-negativo como: Alcaligenes faecalis.

MANIGLIA (2007) baseado nos resultados verificou que todos os ramos superiores e inferiores dos articuladores testados e dispositivos auriculares (direito e esquerdo) do arco facial do plano piloto estavam contaminados não havendo diferença estatisticamente significante entre os dois tempos; após desinfecção com álcool 70% dos 20 articuladores testados apenas 4 estavam contaminados (media de UFC foi 7); todos os dispositivos auriculares esterilizados avaliados após uso em paciente estavam contaminados; não houve diferença estatisticamente significante na contaminação microbiana entre os condutos auditivos externos direito e esquerdo tanto antes quanto após a anti-sepsia com clorexidina 0,2%.


REFERÊNCIAS

1. MANIGLIA, A. B. Avaliação qualitativa e quantitativa da contaminação microbiana de dispositivos auriculares do arco facial e articuladores semi-ajustáveis, 1997. . Tese de Doutorado (Reabilitação Oral), Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 2007. (Link Tese) – [Orientador: Heitor Panzeri]


Recebido: 1/12/2010 – Reformulado: 10/12/2010 – Publicado: 02/01/2011 – Enciclopédia Brasileira de Teleodontologia – ISSN 2448-1181