05. Resina de Poliuretano (30% de Diatomita) viabilidade como Modelagem Odontológica?
♦ Gisseli Bertozzi Ávila – Currículo Lattes – ♦ Heitor Panzeri – Currículo Lattes –página 4
ÁVILA, G.B., PANZERI, H. Resina de Poliuretano (30% de Diatomita) viabilidade como Modelagem Odontológica? Encicl. Bras. Teleodontol., Volume 1 (Série L): página 4, janeiro, 2011. ISSN 2448-1181
Ávila (2009) no Programa de Pós-Graduação (USP / FORP / Reabilitação Oral (Produção Científica – Tese e Dissertação) avaliou a resina de poliuretano de alto desempenho 6470 e endurecedor Dt 082 carregada com 30% diatomita para ser empregada na modelagem odontológica. O material foi manipulado na proporção de 1/8 entre resina e endurecedor, com acréscimo de acelerador de poliuretano na proporção de uma gota para cada 200 gramas de resina. Foram obtidas amostras de resina pura, modificada com diatomita e gesso tipo IV(Fuji Rock EP), GC America Inc-USA para os ensaios de resistência a compressão e tração por compressão diametral ASTM D 695 2(a), resistência a fratura por impacto ISO 179-1: 2000., resistência a flexão três pontos (ISO 1567:1999), resistência ao desgaste por abrasão norma ASTM D 4060. Amostras foram analisadas quanto ao comportamento dimensional em um projetor de perfil (Mitutoyo PJ-A3000 Japão), a rugosidade superficial Ra, e capacidade de copia de detalhes foram analisadas em Rugosímetro (Mitutoyo Surftest SJ-301 – Japão), a dureza superficial foi analisada em durômetro Sussen Wolpert, tipo Testor HT1 com método de Dureza Rockwell. A compatibilidade da resina com elastômeros de moldagem foi analisada com os criterios aderência do material de modelagem no molde e alteração na coloração do modelo obtido. O ensaio de resistência a compressão e tração por compressão diametral foram realizados na Máquina Universal de Ensaios DL2000 EMIC, com célula de carga de 2000 Kgf e velocidade de 1,3 mm/min. O ensaio de flexão foi realizado no mesmo equipamento com distância entre os apoios de 52 mm, célula de carga de 2000 Kgf e velocidade de 5 mm/min. O ensaio de resistência a fratura por impacto foi realizado na Máquina de Impacto CEAST modelo Resil 25 utilizando ensaio tipo Charpy. O ensaio de resistência ao desgaste por abrasão foi realizado em abrasímetro TABER, que determina a perda de massa por 1000 ciclos, utilizando o rebolo padrão CS-17 com 1000g de carga, ASTM D 4060. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente variância e tukey com significância de 95%, e verificou-se que: A resina de poliuretano pura ou modificada com diatomita sobre os dois critérios adotados é compatível com silicone de condensação e adição; a capacidade de cópia da resina foi reduzida com a adição de diatomita mas permaneceu superior ao gesso tipo IV; a diatomita interferiu na rugosidade superficial da resina de poliuretano mas os valores foram menores que os apresentados pelo gesso tipo IV; a diatomita adicionada na resina de poliuretano aumentou a dureza superficial, a resistência a compressão, a tração por compressão diametral, a resistência ao desgaste por abrasão, ao impacto, e a flexão três pontos. A resina pura e a modificada com diatomita foram superiores ao gesso tipo IV para resiste resistência a compressão, a tração por compressão diametral, a resistência ao desgaste por abrasão, ao impacto e a flexão três pontos (Ávila,2009).
Ávila (2009) verificou comportamento dimensional semelhante para o gesso tipo IV e a resina de poliuretano modificada com diatomita, a resina pura contraiu, a diatomita reduziu a contração da resina de poliuretano.
Ávila (2009) com a realização desse estudo concluiu-se que: A resina de poliuretano pura ou modificada com diatomita é compatível com os elastômeros silicone de condensação e adição; a carga diatomita no percentual de 30% aumenta a dureza superficial, a resistência a compressão, a resistência a tração por compressão diametral, a resistência a fratura por impacto, a resistência a flexão três pontos, e a resistência ao desgaste por abrasão da resina de poliuretano; a resina de poliuretano quando modificada com 30% de diatomita apresenta comportamento dimensional semelhante ao gesso tipo IV; a diatomita reduziu a capacidade de copia da resina de poliuretano e aumentou sua rugosidade superficial, mas a resina carregada apresentou menor rugosidade superficial e maior capacidade de cópia que o gesso tipo IV.
Ávila (2009) destaca que diante dos resultados encontrados com a modificação da resina de poliuretano com 30% de diatomita existe a viabilidade do uso desse material na modelagem odontológica.
REFERÊNCIAS