Terapia Ocupacional, Contextos Comunitários e Inclusão Social
Área de concentração “Terapia ocupacional, contextos comunitários e inclusão social”
A área de concentração “Terapia ocupacional, contextos comunitários e inclusão social” reúne estudos que envolvem o desenvolvimento, a avaliação e a qualificação teórico-prática de intervenções de terapia ocupacional voltadas a ampliar as oportunidades de participação e inclusão social, e articulam de modo coerente os termos que compõem a sua denominação. Desse modo, abrange os desafios da prática profissional em projetos e programas que se desenvolvem no âmbito de políticas públicas inclusivas que incorporam e valorizam os contextos comunitários como partes integrantes da intervenção realizada. Os estudos fundamentam-se nas noções de autonomia e de vida cotidiana que alicerçam as práticas contemporâneas de terapia ocupacional, e se apoiam nas perspectivas comunitárias e territoriais de atenção, cujas dinâmicas visam alcançar a singularidade das experiências de limitações e restrições à participação social impostas por contextos socioculturais específicos.
Estudos dessa natureza – realizados em serviços que se utilizam de noções e metodologias próprias para a interação com comunidades e territórios – permitem aprimorar a capacitação de terapeutas ocupacionais para analisar e intervir sobre diferentes fatores e situações contextuais que dificultam ou impossibilitam a autonomia nas atividades cotidianas, de maneira a promover condições favoráveis para: (i) o desenvolvimento integral e a participação de crianças e jovens em atividades, relações sociais e distintos cenários da vida cotidiana, apoiando seus processos de inclusão na família, na escola e na cultura; (ii) a manutenção, promoção ou ampliação das possibilidades de cuidado de si e de outros, a convivência, a vida comunitária, o trabalho e a participação social de adultos e idosos que vivenciam processos de ruptura ou fragilização de suas redes sociais.
Tendo em vista a natureza de tais estudos, estes podem ser realizados em diferentes serviços e em diversos equipamentos educacionais e culturais nos quais atuam profissionalmente os terapeutas ocupacionais, a saber: (i) no Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo ações realizadas em Unidades Básicas de Saúde, Núcleos de Apoio à Saúde da Família, Centros de Atenção Psicossocial, Ambulatórios de Especialidades, Centros Especializados de Reabilitação, Hospitais Gerais e Especializados, Residências Terapêuticas, Programa de Saúde na Escola e Programa de Atenção Domiciliar e Centros de Convivência, entre outros; (ii) na Educação e Cultura, a partir de ações realizadas junto a Centros e Escolas de Educação Infantil, Escolas de Ensino Fundamental e Médio, Centros de Educação de Jovens Adultos, Equipes de apoio à educação especial, Centros Culturais e Pontos de Cultura, Museus, Exposições, bem como em projetos que envolvem expressões artísticas e culturais locais; (iii) no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a partir de atividades profissionais realizadas em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (para crianças, jovens e idosos), nos Serviços de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas e também nos Centros de Referência para População em Situação de Rua, além daqueles que integram o Sistema de Garantia dos Direitos das Crianças, adolescente e jovens; (iv) no Sistema de Previdência Social, a partir de atividades profissionais associadas aos processos de reabilitação profissional de trabalhadores e seu retorno ao mercado de trabalho via Programa de Reabilitação Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).