Espécies

Embora as recomendações atuais constantes nos manuais de arborização urbana, em geral, privilegiem espécies arbóreas nativas da região, a situação encontrada nos municípios revela o convívio destas com diversas espécies exóticas. Esta situação decorre, muitas vezes, de modelos antigos de arborização, quando os aspectos ornamentais se sobrepunham a outros critérios de escolha das espécies para plantio, gerando diversos problemas em relação ao ambiente urbano e ao convívio com outras espécies da flora e fauna nativas existentes.

De qualquer forma, os manuais atuais de arborização urbana dos municípios do Estado de São Paulo contemplam uma grande diversidade de espécies, tendo sido encontradas mais de 330 delas em apenas 10 analisados, classificadas por:

  • origem: exóticas e nativas (formações florestais do Estado de São Paulo: Floresta Estacional Decidual ou Semidecidual; Cerradão; Cerrado; Floresta Paludosa; Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista; Restinga)
  • porte: arvoretas (até 4m de altura), pequenas (até 5m – 8m), médias (até 8m – 16m) e grandes (até 12m – 16m ou mais).

Fichas técnicas de 20 árvores comumente encontradas na arborização urbana de Municípios de São Paulo, clique no ícone de cada espécie para acessar a ficha técnica correspondente:

Identificação das espécies no local

Em algumas situações, as espécies existentes em determinados locais podem não ser conhecidas. Neste caso, alguns aplicativos, embora muitas vezes imprecisos e dotados de poucos dados de espécies nativas de nosso estado, também podem ser utilizados em celulares, tais como:

PlantNet
PlantSnap
iNaturalist
PictureThis

Fichas técnicas das espécies arbóreas

Para o planejamento adequado do aproveitamento dos resíduos provenientes das atividades de poda e supressão, diante de tamanha diversidade, o ponto de partida é o conhecimento das características de cada espécie arbórea, sobretudo daquelas de maior ocorrência no local (tanto os dados quali quanto os quantitativos podem ser obtidos por meio do inventário arbóreo). Estas características podem inicialmente ser levantadas na literatura científica sobre o tema. No entanto, devem ser consolidadas e complementadas por meio de pesquisas e ensaios junto a centros de pesquisa especializados, visando a caracterização da madeira (do tronco e dos galhos) dos exemplares daquelas espécies, crescidos nas condições do habitat local. 

Recomenda-se que as fichas de identificação das espécies contenham, além de imagens da copa, tronco, flores, folhas, sementes e madeira, pelo menos, as seguintes informações: 

  • nome científico, nome popular e origem
  • altura média e DAP (diâmetro na altura do peito)
  • densidade da madeira, aspectos sensoriais e de trabalhabilidade 
  • resistência à deterioração
  • usos indicados

Com relação a este último aspecto, ele decorre da combinação dos fatores anteriores, entre outros. Grosso modo, no entanto, a literatura indica, pelo menos, que se observe a densidade da madeira, como critério preliminar para definição de usos potenciais:

densidade (g/cm3)

baixa < 0,50

 

média > 0,50 a  < 0,70

alta > 0,70            

usos indicados

POMs – pequenos objetos de madeira: cinzeiros, cabos de ferramentas, objetos decorativos, porta jóias, porta cartões, pequenos vasos, molduras, painéis pastilhados, etc.

móveis e objetos decorativos de madeira 

alta > 0,70                Vigas, portas, acessórios, decks, pisos, componentes de construção, móveis, design e arquitetura