Floresta Urbana

A floresta urbana abrange toda a vegetação com tronco lenhoso presente nos aglomerados urbanos, seja em áreas verdes privadas, públicas (praças e parques), ou na arborização de ruas.

As mudanças climáticas e a resiliência das cidades

Tal é a sua importância hoje, diante das mudanças climáticas e do crescimento das concentrações urbanas, com redução significativa da cobertura vegetal, que a recomendação de diversos organismos nacionais e internacionais, é que ela seja permanentemente monitorada e que haja um compromisso de todos com sua manutenção e ampliação, em prol da sustentabilidade e resiliência das cidades. 

A situação atual no Estado de São Paulo

Mesmo sem dados disponíveis sobre a situação atual da maioria das cidades do Estado de São Paulo, e da existência de programas municipais de arborização, sistemas georeferenciados apontam a necessidade de ampliação dessas iniciativas. O Treepedia , por exemplo, mantido pelo Senseable City Lab, do Massachussets Institute of Technology, mostra que 2 cidades – São Paulo e Franca – possuem uma cobertura arbórea viária bem inferior à maioria das outras 28 cidades do mundo monitoradas, com apenas 11,7% e 13,7%, respectivamente.

A gestão da cobertura arbórea

São Paulo. Foto: Grupo PodaLab

O planejamento e gestão da arborização urbana, entretanto, envolve um conjunto de atividades complexas, onerosas e diversas interações, muitas vezes conflituosas, com a infraestrutura urbana, com agentes públicos e privados. Assim, a necessária melhoria do cenário urbano em nosso estado em relação a este aspecto, exigirá também, não apenas o redimensionamento, mas também o planejamento dessas atividades em novas bases.

A demanda por madeira e o potencial da floresta urbana

Segundo o governo do Estado, no ano de 2021, 40% da madeira ilegal desmatada da Amazônia passa pelas estradas paulistas (G1 – SP). Além disso, sabe-se que o Estado é o maior mercado consumidor, no país, da madeira serrada tropical (cerca de 17%), de um total de 2,4 milhões de m3, sem falar nas 29,2 milhões de m3 de toras consumidas no país em 2020 (ITTO,2020), empregadas, na maior parte, para fabricação de móveis, pisos e outros itens da construção civil.

Por outro lado, os números relacionados às atividades de poda e remoção de árvores urbanas também são expressivos: apenas na cidade de São Paulo, no mês de janeiro de 2021, foram registradas 776 quedas de árvores (G1 – SP) e, de janeiro e setembro do mesmo ano, a Prefeitura realizou 123 mil podas (G1 – SP2) – a um custo mensal de R$ 4,6 milhões (2019) -, o que não foi suficiente para atender as solicitações existentes.