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SOBREVIDA E O CÂNCER DE MAMA

 

Este ano o REMA completa 30 anos, e para comemorar esta marca tão importante, o III Simpósio de Câncer de Mama e VII Jornada de Câncer de Mama da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP tem como tem “30 ANOS DO REMA E A SOBREVIDA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA”. 

 

Mas você sabe o que é sobrevida?

É sobre isso que vamos tratar neste post.

Se olharmos no dicionário, sobreviver significa “Continuar vivo após acontecimento de extrema gravidade; escapar”. Mesmo não tratando de câncer, esse significado cabe bem no contexto.

E a ciência define sobrevivente de câncer de muitos modos. Para alguns é considerado uma fase, que vai do diagnóstico do câncer até a morte. Alguns, acreditam que uma pessoa com câncer só pode ser considerada sobrevivente até que termine todos os tratamentos, outros ainda pensam que sobrevivente é aquele que vive até 5 anos depois do diagnóstico.

Aqui no REMA acreditamos que a sobrevivência ao câncer representa o estado ou processo de viver após o diagnóstico do câncer, vivendo com o câncer, através dele e além dele.

A sobrevivência não é um momento único ou fase específica após o tratamento, mas perpassa uma sequência de eventos (sintomas iniciais, diagnósticos, tratamentos e controle da doença) em que se busca entender a situação, organizar a experiência vivida e, se possível, aliviar o sofrimento advindo da doença e sobreviver.

Muitos fatores podem afetar as perspectivas de uma pessoa quanto à sua sobrevida a partir do câncer, como idade e saúde, qual era o estadio da doença no diagnóstico, a presença de receptores hormonais nas células cancerígenas, o tratamento recebido e o quão bem o câncer responde ao tratamento. São os chamados fatores de prognóstico.

Como os tratamentos estão melhorando ao longo do tempo, as mulheres que estão sendo diagnosticadas com câncer de mama podem ter uma visão melhor do que esses dados estatísticos mostram.

NÃO PODEMOS dizer quanto tempo cada pessoa viverá, mas essa informação ajuda a entender melhor a chance de o tratamento ser bem-sucedido.

Mas sabemos que os sobreviventes passam por desafios constantes para alcançar o equilíbrio da vida e vivê-la por completo, vivenciam novas e inesperadas experiências, que resultam em novos caminhos.

Também reavaliam e ressignificam a vida buscando novos sentidos, limites e controles, objetivos e valores.

Precisamos evitar que os sobreviventes vivam imobilizados pelo medo da recorrência e por complicações tardias advindas do tratamento, impedindo-os de tomar decisões, de realizar planos e de orientar o seu futuro.

Não temos intenção de esgotar este assunto aqui. Só colocamos algumas idéias para que, tanto os profissionais da saúde, os e as sobreviventes e seus familiares comecem a pensar sobre isso.

Se você quiser saber mais sobre o que é sobrevida, venha participar com a gente do III Simpósio de Câncer de Mama e VII Jornada de Câncer de Mama da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP tem como tem “30 ANOS DO REMA E A SOBREVIDA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA”.

 

Ou acesse:

OLIVEIRA, R.A.A. et al. Sobrevivência ao câncer: o desembrulhar dessa realidade. Cienc Cuid Saude, 14(4): 1602-1608, 2015. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/27445/pdf

FAYER, V.A. et al. Sobrevida de dez anos e fatores prognósticos para o câncer de mama na região Sudeste do Brasil. Rev. bras. epidemiol,  v. 19, n. 4, p. 766-778,  2016 Disponivel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2016000400766&lng=en&nrm=iso>.

 

Escrito por:   Prof.ª Dra. Thais de Oliveira Gozzo