Esperança e Fases da Vida
Quando buscamos compreender a natureza humana, a esperança surge, desde a mais remota memória de experiências de mutualidade, de reciprocidade, de diálogo com os cuidadores do nosso caminho. Permeando diferentes fases da vida, até a velhice e a morte, a Esperança nos direciona para a confiança em encontrar o que necessitamos, o que buscamos como possibilidade para sonhar com o amanhã. E, como consequência, resta-nos a construção da base para suportar as dificuldades, ou seja, encontrar as progressivas desilusões inerentes ao viver cotidiano para então vencê-las.
O livro trata da Esperança nos diferentes ciclos da vida. Apresenta a Esperança e a maturidade psicológica no desenvolvimento humano nas diversas etapas da vida: na infância, na adolescência, quando chegamos na idade adulta e, por fim, no envelhecimento. É um convite à reflexão do viver e deixar viver, demonstrando que a Esperança precisa estar presente em nós, nesse exercício para aprimoramento humano no novo cenário, no qual impelidos a viver e atuar.
Esperança e Contextos de Saúde
Imaginação, fantasia e ilusão são componentes vitais para a saúde, para o viver criativo, para a clínica psicoterápica. O psicoterapeuta e o paciente compartilham sonhos, fantasias, enredos, ilusões e desilusões.
Empatia, confiança, discriminação, diferenciação e comunicação teriam o potencial de transformar angústias, crises, sofrimento e dificuldades em experiências que, se compartilhadas, nos direcionam e conectam com o viver criativo, com o sentimento de que a vida vale a a pena ser vivida. É nesse sentido que o livro Esperança e contextos de saúde discute as questões do câncer, da adoção, a Esperança nas consultas terapêuticas, o comportamento autolesivo, a tatuagem como sinal de Esperança e, também, a Esperança no mundo virtual, aspecto tão relevante nos tempos atuais.
A capacidade para a Esperança, quando presente no olhar do psicoterapeuta, ao desenvolver seu trabalho, cria condições facilitadoras para um acontecer com várias características que incluem a síntese, o brincar, o humor, o transitar entre realidade subjetiva, realidade objetiva e realidade compartilhada.