EDUCAÇÃO em fronteiras

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De modo a tornar mais efetiva a comunicação com o público acadêmico e escolar, optou-se por reduzir o título do Projeto Temático a “Educação em Fronteiras” e criar uma logomarca, inspirada nas gangorras rosas, montadas pela equipe do arquiteto Ronald Rael e da designer Virginia San Fratello, em 30 de julho de 2019, em um trecho do muro que separa os Estados Unidos da América do México, na fronteira entre El Paso (EUA) e Ciudad Juaréz (México).

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SOBRE O NOSSO PROJETO

A investigação proposta neste Projeto Temático (processo nr. 2018/26699-4) tem como marco inicial a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, momento de implantação da primeira imprensa régia em terras brasileiras e de iniciativas que levariam à primeira lei geral do ensino primário, de 1827, e à criação dos cursos secundários e superiores, além das primeiras escolas normais. Desfolha as apropriações, intercâmbios, partilhas e trocas de conhecimentos e de ações em nível internacional que desde então se processaram, procurando compreender como esse universo simbólico inscreveu marcas de inovação nas diferentes tradições que compunham e compõem os saberes e as práticas educacionais ainda na atualidade. O caráter inovador da pesquisa reside essencialmente no estabelecimento da confluência entre fronteiras de diferentes naturezas: são fronteiras geográficas, fronteiras temporais, fronteiras políticas, fronteiras temáticas, fronteiras do conhecimento, fronteiras da cultura letrada; e, ao mesmo tempo, uma busca de romper, de transpor, de transgredir e de extravasar essas fronteiras. Sendo assim, são sujeitos, saberes, artefatos e práticas em circulação, produzindo vertentes de conhecimento pedagógico nas mais diferentes instâncias. A perspectiva transnacional constitui a principal interface desse tipo de história: uma história que pretende retraçar o circuito material da escola pela ação de sujeitos que falaram sobre ela, que estabeleceram suportes teóricos para o pensamento educacional, que construíram materiais para serem manuseados na vida escolar, que atuaram nos diferentes níveis da administração pública ou no cotidiano ordinário das escolas. Essa materialidade, vistoriada no projeto em sua perspectiva histórica, serve de mote à elaboração de recursos didáticos para o ensino público e a formação docente.

EIXOS

De modo a viabilizar esta proposta, o projeto está constituído em torno aos seguinte eixos temáticos, assim denominados:

  1. Arquivos e digitais e bibliotecas: história do livro e da leitura;
  2. Sujeitos e artefatos: movimentos e vestígios;
  3. Inovação e tradição pedagógicas: fugas e contrapontos;
  4. Material didático para o ensino público e formação docente.

Cada um desses eixos é coordenado por dois pesquisadores da Universidade de São Paulo, integrando Faculdade de Educação e Instituto de Estudos Brasileiros, e congrega investigadores de outras instituições paulistas e estrangeiras.

NOSSA EQUIPE

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Diana Vidal

Pesquisadora Responsável
É professora titular em História da Educação na Faculdade de Educação (USP) (2010); bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq nível 1A; membro da Coordenação da área de Ciências Humanas e Sociais (CHSIII) da FAPESP; Editora Senior da Oxford Research Encyclopedia of Education; Comitê editorial das revistas History of Education (UK), Encounters in theory and history of education (Canadá), Caderno do Instituto Luso-Brasileiro (Alemanha), Thesaurus scholae. Fonti e studi sul patrimonio storico-educativo (Itália), British Journal for Educational Studies (BJES) (UK) e Revista Argentina de Investigación Educativa (Argentina); membro do Conselho Científico Internacional do CEINCE (Centro Internacional de la Cultura Escolar), Espanha. É pesquisadora responsável do Projeto Temático FAPESP ?Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação (1810-…)? (processo nr. 2018/26699-4). Desde 1996, exerce a coordenadoria do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em História da Educação (NIEPHE). É membro do Theory and History of Education International Research Group (Canadá). Atualmente, realiza ano sabático junto ao Instituto de Estudos Avançados – USP (2023-2024). Atuou como diretora do Instituto de Estudos Brasileiros (USP) (2018-2022), tendo sido vice-diretora da Faculdade de Educação da USP (2014-2018). Serviu como membro do Comitê Executivo da ISCHE (International Standing Conference for the History of Education) (2014-2021), atuando como Tesoureira da mesma associação internacional de 2018 a 2021; e como membro do comitê editorial da Global Histories of Education (2016-2022), coleção criada pela ISCHE em colaboração com a Palgrave Macmillan, da qual foi editora-chefe entre 2016 a 2020. Assumiu a coordenação do Comitê de Assessoramento da Educação no CNPq – CA-Ed (2012-2015), tendo atuado como suplente no mesmo Comitê de 2010 a 2012. Foi presidente da Sociedade Brasileira de História da Educação (2003-2007) e vice-coordenadora do GT 02 História da Educação da ANPEd (2001-2003). Possui graduação em História pela Universidade do Vale do Paraíba (1985), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1990), doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (1995) e pós-doutorado em Educação no INRP-França (2001) e na Universidade de Santiago de Compostela (2007). Defendeu sua livre-docência em História da Educação em 2005. Atuou na Argentina, como professora-convidada da Universidade San Andres (2001), FLACSO-Argentina (2006-2009, 2020-2022) e Universidad Nacional de La Plata (2017); na França, no Institut National de Recherche Pedagogique (2002); na Inglaterra, Visiting Fellow no Institute of Education, University College London (2015); e na China, na Beijing Normal University (2018). Foi consultora internacional do projeto Teacher Education Schools in Portugal: History, Archive, Memory, liderado por Joaquim Pintassilgo (2010-2012). Foi bolsista Jovem Pesquisador FAPESP (1996-2000). Em 2018 recebeu o Auxilio no Programa Directeurs d’Etudes Associés da Fondation Maison des Sciences de l’Homme (França). Na biblioteca virtual da FAPESP, contabilizam-se 40 auxílios ou bolsas que lhe foram atribuídos. É membro do Conselho Consultivo dos seguintes periódicos educacionais: Revista Portuguesa de Educação, Revista Brasileira de História da Educação, Cadernos de História da Educação (UFU), Educação e Filosofia, Historia de la Educación Anuario Argentino e Educação em Revista (UFMG) e membro do Conselho Editorial da Coleção Edvcere da Editora Fino Traço (desde 2007). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente com os seguintes temas: história transnacional da educação, cultura escolar, escola nova, práticas escolares de leitura e escrita, historiografia e circulação internacional de modelos e práticas pedagógicas.
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Carlota Boto

Coordenadora
Carlota Boto é professora titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), onde leciona Filosofia da Educação. Desde 28 de abril de 2022, é Diretora da FEUSP. É Bolsista Produtividade PQ1D do CNPq. Integra o conjunto de pesquisadores principais do Projeto Temático da FAPESP 18/26699-4, intitulado Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação. Formou-se na USP, em Pedagogia e em História. É mestre em História e Filosofia da Educação pela FEUSP, doutora em História Social pela FFLCH/USP e livre-docente em Filosofia da Educação pela FEUSP . É autora dos livros A escola do homem novo: entre o Iluminismo e a Revolução Francesa, publicado pela Editora UNESP, A escola primária como rito de passagem: ler, escrever, contar e se comportar, publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, A liturgia escolar na Idade Moderna, publicado pela Editora Papirus, Instrução pública e projeto civilizador: o século XVIII como intérprete da ciência, da infância e da escola, publicado pela Editora UNESP e Educação e ética na Modernidade: uma introdução, publicado pela Editora Almedina/Edições 70. Iniciou sua carreira no magistério primário, em 1981, lecionando no Colégio São Norberto em São Paulo, onde trabalhou até o final de 1982, como regente de classes de 1ª e 2ª séries do então 1º Grau. Entre os anos de 1983 e 1986 trabalhou como professora de 4as-séries na Escola Morumbi. Nos anos de 1984 e 1985, desempenhou a função de Assessora da Coordenação Técnica, contratada como Professor III na Escola de Aplicação da USP. Em 1985, deu aulas de História e Filosofia da Educação para o curso de Magistério em nível de 2º- Grau do Colégio Luís de Camões. Foi docente de História da Educação na Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da UNESP Campus de Araraquara, onde lecionou de 1987 até 2001. Foi presidente da Associação de Docentes da Unesp ADUNESP-Regional de Araraquara, entre 1990 e 1992. Integrou o Conselho Universitário da UNESP, nos anos de 1991,1992, 1995, 1996 e 1997. Entre 1999 e 2001, trabalhou na Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde ensinou História da Educação no Programa de Mestrado em Educação, Arte e História da Cultura. Entre 2000 e 2001, foi diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Educação (FFLE) do Mackenzie. Desde 2002 leciona na área de Filosofia da Educação na FEUSP. Orienta, ainda, mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da FEUSP e no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da FCL/UNESP-Campus de Araraquara. Integrou, como conselheira, o CONDEPHAAT entre 2000 e 2002. Compôs o Conselho Superior da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo entre 2002 e 2011. Foi por dois anos (2020-2022) membro do Comitê Editorial da revista Educação e Pesquisa. Coordena na FEUSP o Grupo de Estudos de Filosofia e História das Ideias Pedagógicas (GEFHIPE). Desde 2020, integra o Conselho Universitário da Universidade de São Paulo, na condição de representante da Congregação da FEUSP. Participa ainda do Grupo de Pesquisas Direitos Humanos, Democracia, Política e Memória, do Instituto de Estudos Avançados da USP. Foi Chefe do Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação da FEUSP (2021-2022)
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Circe Bittencourt

Coordenadora
Possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP (1967), pós-graduação em Metodologia e Teoria de História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP (1969), mestrado em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP (1988) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1993). Foi professora de Metodologia do Ensino de História e atualmente desenvolve pesquisas com projetos de pós-graduação da FEUSP. Entre 2007 a 2019 foi professora e orientadora do Programa de Educação da PUCSP ( EHPS) e atualmente é professora convidada do Programa de Pós Graduação do Prof História- UNIFESP- Guarulhos e professora Senior da Faculdade de Educação da USP. Tem experiência na área de ensino de História, história das disciplinas e currículos escolares e história da educação indígena. Desenvolve pesquisas sobre história dos livros didáticos brasileiros, mantendo a organização da Biblioteca do Livro Didático (BLD) e do banco de dados LIVRES referente aos livros didáticos brasileiros de 1810 aos dias atuais na FEUSP.
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Vivian Batista

Coordenadora
É Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e Diretora da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. É uma das pesquisadoras principais do Projeto Temático FAPESP sobre Saberes e práticas em fronteiras: por uma história transnacional da educação (1810-…) (Processo 2018/26699-04). Atua também como docente e orientadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da USP nos níveis de mestrado e doutorado. Pela mesma universidade, fez graduação em Pedagogia (1998), Mestrado em Educação (2001), Doutorado em Educação (2006), com período de Doutorado-Sanduíche junto à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (2004). Realizou Estágio de Pós-Doutorado Sênior junto à UFPR (2017), aprofundando seus estudos nas áreas de História da Educação e Didática e pesquisando questões relacionadas principalmente aos seguintes temas: manuais pedagógicos, leituras para professores e estudo sócio-histórico-comparado.

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