Resumo do Histórico e Contextualização do Programa

Chamamos a atenção para o seguinte aspecto: o Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA)/Universidade de São Paulo (USP), foi aprovado pelas instâncias internas da USP e foi recomendado pela CAPES para início de suas atividades no final de 2012 e a Comissão Coordenadora do Programa foi empossada no dia 20 de fevereiro de 2013. O Programa está inserido na grande área de Administração na CAPES e deverá sofrer sua primeira avaliação no quadriênio 2013/16. O primeiro processo seletivo para candidatos ao Programa foi finalizado em 11 de junho de 2013 e a aula inaugural, no Anfiteatro do Prédio Central do Campus da USP de Pirassununga com os primeiros 15 alunos matriculados, ocorreu em 26 de julho de 2013. Continuamos tendo absoluta consciência que há muito trabalho para amadurecer os resultados do referido Programa e que se necessita, ainda, grande esforço pessoal e coletivo da equipe de Docentes Orientadores, Discentes e Pessoal de Apoio para que venhamos a atingir todos os objetivos planejados. No entanto, toda a equipe envolvida, conjuntamente com o grupo de discentes, percebe que a proposta do Programa já é uma realidade em termos da Pós-Graduação da FZEA/USP em que o mesmo está inserido. Terminamos o ano de 2016 com a seleção de mais 22 novos estudantes. Isto faz com que o Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Inovação na Indústria Animal assumirá, no início do ano de 2017, a primeira posição entre os Programas existentes na FZEA/USP (além do nosso existem mais quatro Programas com mestrado e doutorado de natureza acadêmica) quando se contabiliza apenas o número ativo de estudantes de mestrado. Isso demonstra demanda real e interesse de público alvo bastante diferenciado. Diversas informações podem ser visualizadas em nossa seção de estatísticas desta página. Iniciaremos o próximo ano com 80 alunos ativos, 18 defesas de mestrado e apenas quatro alunos que evadiram nos quatro primeiros anos.
Com relação ao contexto que se deu a gênese do Programa é preciso considerar que a dinâmica de desenvolvimento da economia mundial, nos tempos atuais, vem sendo fortemente influenciada pela consolidação de um novo paradigma técnico-econômico, onde a globalização da economia leva o setor produtivo a um esforço crescente na busca da competitividade. O binômio conceitual “inovação-competitividade”, neste contexto, constitui-se um elemento fundamental para a modernização do parque produtivo nacional, com vistas à ampliação de sua participação no comércio internacional de bens e serviços. A aceleração do processo de globalização e a intensificação das relações comerciais na maioria dos blocos econômicos têm provocado um alto padrão de competitividade e de organização por parte das empresas e países com vocação no agronegócio. Esse cenário tem produzido diversas oportunidades ao Brasil para se consolidar como um dos principais produtores e exportadores de carnes, lácteos e derivados, com forte tendência de se firmar, de forma inequívoca, como um dos maiores atores dessa cadeia internacional, cada vez mais globalizada. O segmento de produtos de origem animal no Brasil já é o responsável pelo maior número de empregos no agronegócio de nosso país e movimentou em 2015 cerca de R$ 230 bilhões/ano, somadas as principais commodities (carnes bovina, suína e de aves, pescados, leite e derivados).
Por um lado, desde a década de 1980, o setor que congrega a cadeia do agronegócio brasileiro passou por profundas transformações relacionadas com a tecnologia e a escala das empresas agropecuárias, com nítida reorganização do segmento agroindustrial, inclusive com arranjos específicos exitosos, dependendo das características da área geográfica a ser considerada e da atividade em questão. Neste período, o complexo que envolve esses segmentos se transformou em forte exemplo de diferenciação e segmentação de mercados, tornando-se uma das áreas do agronegócio brasileiro com maior dinâmica de crescimento. Por outro lado, a geração do conhecimento científico e tecnológico, sua proteção e sua transformação em inovação são essenciais para promover o ciclo virtuoso e sustentável do desenvolvimento econômico, social e cultural do País. Neste contexto, a disseminação de um modelo interativo do processo de inovação faz-se necessário, tendo em vista as novas formas de atuação das instituições e atores envolvidos no Sistema de Ciência e Tecnologia nacional, e especialmente paulista, em que a função de financiamento pode ser compartilhada por tradicionais agências de fomento em parceria com grandes empresas, assim como se expandiu a participação do setor privado no desenvolvimento de soluções compartilhadas com as instituições públicas de ensino e/ou pesquisa. O Brasil vive um favorável ciclo de crescimento, neste segmento, que demanda cada vez mais conhecimento e inovação a fim de assegurar, definitivamente, sua posição privilegiada dentro da nova ordem do agronegócio mundial. A tendência de agregar mais valor aos processos, produtos e serviços do setor do agronegócio brasileiro deverá se concretizar em incalculável benefício para a nossa sociedade no futuro.
Cabe registrar que o Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal, da FZEA/USP, iniciou o Mestrado Profissional com o conceito 3 e estamos todos (docentes e discentes) compromissados para buscarmos um novo patamar de conceito (4), mais condizente com a qualidade e a geração de resultados que estão previstos no Programa para os próximos anos do quadriênio.
Como principal meta do Programa, busca-se formar profissionais pesquisadores e docentes de nível diferenciado para desenvolver atividades científicas e tecnológicas de excelência na área de gestão e inovação em toda a extensa cadeia de negócios em que está inserida a indústria animal, auxiliando na qualificação de capital humano para o crescimento sustentável da agropecuária e agroindústria brasileira. A grande maioria dos primeiros alunos nos quatro primeiros anos do Programa tem vínculo empregatício com organizações públicas e privadas, e atuam profissionalmente no segmento alvo.
O Programa encontra-se dividido em duas grandes linhas de atividade científico/tecnológica: (i) Gestão na Indústria Animal, e; (ii) Inovação na Indústria Animal. Em coerência a estas linhas de atividade científico/tecnológica, mais de vinte (20) projetos de pesquisa, com características abrangentes, estão em andamento pelos Docentes do Programa, os quais são, na sua maioria, financiados pelas agências de Fomento como BNDES, CNPq, FAPESP e Ações Transversais com a FINEP, MCT&I e CT-AGRO, além de financiamento por empresas privadas e representações setoriais ligadas ao agronegócio brasileiro. Estas ações têm permitido aos Orientadores do Programa: (a) melhorar a infraestrutura relacionada à pesquisa; e, (b) melhorar a quantidade de publicações em periódicos de qualidade.
O Programa contabiliza, em 2016, com 19 docentes (quinze orientadores plenos e 4 orientadores específicos ou pontuais em fase de credenciamento), sendo sete (9) Associados (com concurso público de Livre Docência) e dez (10) Doutores, responsáveis por ministrar vinte e cinco (25) disciplinas, distribuídas nas duas linhas anteriormente citadas.
Quase todas as disciplinas do Programa têm sido oferecidas anualmente, sendo aceito em situações excepcionais e justificadas, o oferecimento bianual.
Os Docentes deste Programa têm formação acadêmica diversificada dentro da área do Agronegócio, propiciando abordagem multidisciplinar na área de concentração. Para favorecer a formação dos alunos do Programa, propostas de estímulo à publicação de resultados de pesquisa foram adotadas ao longo dos primeiros anos do Programa.
O novo Regulamento do Programa foi publicado em setembro de 2014, baseado nas referidas propostas de melhoria foi revisto para atender as novas diretrizes de qualidade exigidas pela USP/CAPES.
Em 2016, todos os 15 Docentes Permanentes do Programa atuaram em regime de dedicação integral à docência e pesquisa (RDIDP), ministrando aulas nos cursos de Graduação e Pós-graduação. A produção científico/tecnológica tende a aumentar vigorosamente nos próximos anos pois, atualmente, os Docentes Orientadores do Programa estão envolvidos em cerca de sessenta (60) projetos de pesquisa, cinco (5) projetos de desenvolvimento e dezessete (17) projetos de extensão. Além disso, a produção vinculada (obtida em conjunto com seus orientados) tende a aumentar muito a partir de 2016, com a intensificação das defesas de dissertações do mestrado profissional.