Durante a pandemia, 46% das empresas adotaram o modelo de home office, segundo pesquisa realizada em abril pela Fundação Instituto de Administração (FIA), com dados de 139 empresas que atuam em todo o Brasil. Para a pesquisadora, a pandemia intensifica a ocorrência da síndrome do impostor, uma vez que as pessoas encontram seus modelos de comparação nas redes sociais: “A gente costuma olhar o LinkedIn e ficar comparando e a sensação é sempre de estar para trás. Sempre de estar devendo e claro que isso tem a ver com o modo capitalista desse mundo que a gente vive hoje, de que cada vez mais você precisa mostrar sua capacidade, ser multitarefa e surpreender a todos”.
Para quem está passando pela síndrome do impostor, a pesquisadora aponta que é importante, em um primeiro momento, avaliar se a sensação vem de você ou está sendo causada por alguma situação. “Uma boa dica é sempre conversar com seus pares, você tem amigos em que você confia que podem te dar um feedback se você tá exagerando ou não, se aquilo realmente está acontecendo.” A síndrome pode atrapalhar no crescimento profissional, visto que um de seus sintomas é a autossabotagem: “Uma das coisas interessantes na síndrome do impostor é que você acaba se boicotando, às vezes você não quer aparecer tanto por que você teme que, tornando-se visível, essa mentira em que você acredita ser vai se tornar patente”.
Por Jornal da USP