We can do it

A imagem, inspirada na modelo e operária Geraldine Hoff Doyle, tornou-se símbolo da mulher trabalhadora

É muito comum ver a imagem abaixo nas redes sociais. A representação de uma mulher que arregaça as mangas e mostra seu forte bíceps – como um símbolo de sua força – é muitas vezes atrelada ao feminismo. Mas você sabe o que ela significa?

we can do it
A ilustração foi criada pelo designer gráfico J. Howard Miller, em 1943, como uma propaganda para a fábrica Westinghouse Electric Corporation. O intuito era incentivar as mulheres estadunidenses a trabalharem nas fábricas durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, os homens eram convocados para a guerra e, portanto, a mão-de-obra masculina era escassa. O título, “We Can Do It!” (em tradução livre, “Nós Podemos Fazer Isso!”), faz referência a essa capacidade feminina de executar tarefas antes tidas como exclusivamente masculinas.

A imagem, inspirada na modelo e operária Geraldine Hoff Doyle, tornou-se símbolo da mulher trabalhadora. Originalmente, porém, não havia nenhuma ligação com o verdadeiro empoderamento feminino. O objetivo da propaganda era estritamente econômico, visando, apenas, a convocação das mulheres para a indústria.

Mas, com a propagação dos ideais feministas nos EUA da década de 1980, a divulgação da imagem se converteu em símbolo do feminismo. Com isso, iniciou-se a desconstrução da ideia de “sexo frágil” associada ao gênero feminino, o que permitiu uma maior independência socioeconômica da mulher, sendo este um pilar essencial para a igualdade entre os gêneros.

Hoje é comum ver artistas nacionais e internacionais, assim como mulheres comuns, reproduzirem a imagem em uma tentativa de mostrar ao mundo que as mulheres podem, sim, fazer tudo o que quiserem a imagem em uma tentativa de mostrar ao mundo que as mulheres podem, sim, fazer tudo o que quiserem.

Por Anátale Garcia
Edição e revisão por Islaine Maciel e Maria Isabel da Silva Leme

Clique nas imagens para folhear as revistas psico.usp

Alfabetização – 2015, n. 1

É hora de falar sobre Gênero – 2016, n.2/3

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