Capacitações para profissionais da saúde no âmbito das pesquisas e Capacitações em serviços
As capacitações que foram desenvolvidas até 2017, deram-se como parte das atividades devolutivas dos resultados das pesquisas realizadas nos serviços de saúde, ou como cursos de extensão, enquanto uma das atividades previstas no financiamento das pesquisas. Nessas condições, a capacitação foi sempre realizada fora dos serviços, nas instalações da Faculdade de Medicina ou em Centros de Capacitação das redes municipais ou estaduais de serviços de saúde, para o que os profissionais de saúde eram liberados. O público alvo dessas capacitações, em algumas ocasiões, também se compôs de profissionais de outros setores sociais que não a saúde e de ONGs interessadas em formação específica sobre violência doméstica contra mulheres. Dessa forma, estimulava-se esse caráter de formação multi ou inter- profissional, já com vistas a debates intersetoriais.
De modo geral, nessas capacitações, abordamos a violência contra as mulheres, com ênfase na violência por parceiro íntimo, examinando-a como uma questão da desigualdade de gênero. Abordamos também questões metodológicas e éticas na pesquisa científica que se inscrevem nos estudos sobre a violência que ocorre no âmbito doméstico. Além disso também abordamos os impactos dessa violência na saúde das mulheres e das crianças. Por fim, sempre incluímos nas capacitações temas mais práticos, ligados ao enfrentamento assistencial dos casos em serviços de saúde e na rede intersetorial, igualmente com ênfase na violência por parceiro íntimo.
Para se compreender os desenhos e objetivos dessas capacitações, é interessante retomar o conjunto temático do ensino em Pós-Graduação, e que serviu de base a essas capacitações. Mas também disponibilizamos a seguir apresentações em slides (em pdf) que nos subsidiaram didaticamente. Essas apresentações são datadas, sendo as duas primeiras de 2008, a terceira de 2009 e a última de 2002 .
Essas apresentações podem ser acessadas aqui:
Em 2017, iniciamos pesquisas de avaliação de intervenções no âmbito da atenção aos casos de mulheres em situação de violência. Assim, nessa modalidade pesquisa-intervenção, a avaliação voltou-se para os impactos que as capacitações dos profissionais poderiam ter na capacidade de resposta dos serviços de saúde, em particular os de atenção primária, frente àqueles casos. Por isso, as capacitações passaram a ser realizadas nos próprios serviços de saúde alvo das pesquisas. Neste novo intuito, elas passaram a ser uma atividade realizada no âmbito de cada serviço participante da pesquisa e alocada de modo a não obstaculizar, mas compor com as demais atividades assistenciais. Assim nas propostas mais recentes, a forma e o conteúdo da capacitação foram adaptados à ‘educação em serviço’.
Esse novo formato está vinculado às pesquisas: Aprimorando a resposta da atenção primária a saúde à violência contra a mulher em países de baixa e média renda (HERA-1) ; e Fortalecendo o cuidado à violência contra a mulher nas ações de saúde sexual e reprodutiva da atenção primária em São Paulo (HERA- 2).
Caso se interesse por saber mais sobre estas pesquisas mais recentes ou mesmo as anteriores, acesse Pesquisas. Já para conhecer mais detalhadamente essa capacitação enquanto ‘educação em serviço’, clique aqui.
