Graduação – Disciplina optativa e multidisciplinar

18/12/2020

 

Disciplina Optativa Complementar à formação para graduando(a)s do curso de medicina e de outras Unidades da USP em Violência, gênero e saúde – Curso 5043

 

Carga horária semestral: 15 horas

Aulas teóricas: 3 aulas

Aulas práticas: 1 aulas

Seminários: 1 aula

 

Objetivos:

1. Conhecer a prevalência e definição de diversas expressões da violência de gênero.

2. Conhecer as consequências para a saúde destas formas de violência.

3. Ser capaz de identificar os casos com propriedade nos diversos níveis de atenção do sistema de saúde.

4. Ser capaz de responder de forma baseada em evidências, centrada na pessoa e respeitadora dos direitos humanos às diversas formas de violência baseada no gênero que sejam identificadas nos serviços de saúde.

5. Conhecer a rede intersetorial de serviços especializados e ter a habilidade de encaminhar e contra referenciar.

6.Conhecer e analisar criticamente as possibilidades de prevenção primária da violência baseada no gênero.

 

Programa:

Os alunos terão contato com o estado da arte das evidências científicas sobre a definição, manejo e tratamento nos serviços de saúde de diversas expressões da violência de gênero, com ênfase na violência doméstica e sexual. O curso aliará o conhecimento da produção científica com a prática do cuidado centrado na pessoa e respeitador dos direitos humanos. Terão também contato com profissionais da rede intersetorial e serão encorajados a trabalhar em equipe e rede intersetorial. As aulas serão combinadas entre exposições dialogadas, oficinas e mesas redondas. 

 

Temas/aulas:

1. Definição, prevalência e consequências para a saúde das violências contra as mulheres.

2. Violência por parceiro íntimo: Identificação e manejo. Modelos de cuidado na saúde ao redor do mundo e análise crítica.

3. Violência sexual: Identificação, manejo e tratamento.

4. Oficina com dinâmica de grupo – Jogo No lugar dela.

5. Mesa Redonda – rede intersetorial ( o olhar da justiça, da segurança pública, da assistência social e da educação e relações com o trabalho em saúde).

Avaliação: Discussão de um caso clínico e apresentação por escrito dos pontos mais importantes para seu manejo.

 

Bibliografia Básica:

Abramsky et al. Findings from the SASA! Study: a cluster randomized controlled trial to assess the impact of a community mobilization intervention to prevent violence against women and reduce HIV risk in Kampala, Uganda BMC Medicine 2014, 12:122.

 

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Estratégicas. Área técnica de saúde da mulher. (2012). Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes (p. 68). Brasília: Ministério da Saúde (Série A Normas e manuais técnicos Série Direitos sexuais e direitos reprodutivos. Caderno n. 4).

 

d’Oliveira, A.F.P.L., Schraiber, L.B., Hanada, H. &, Durand, J.G. (2009). Atenção integral à saúde de mulheres em situação de violência de gênero: uma alternativa para a atenção primária em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 14(4):1037-50. doi: 10.1590/S1413-81232009000400011.

 

García-Moreno C., Hegarty K., d’Oliveira AFL, Koziol-MacLain J, Colombini, M, Feder G (2015) The health-systems response to violence against women Volume 385, No. 9977, p1567–1579, 18 April 2015.

 

Schraiber LB, d’Oliveira AFPL. Violência contra mulheres: interfaces com a Saúde. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 1999; 3(5):11-2.

 

Schraiber, LB; d’ Oliveira, AF; Hanada, H; Kiss, L.B. Assistência a mulheres em situação de violência – da trama de serviços à rede intersetorial. Athenea digital, 12 (3) 2012: 1-24. Disponível em http://psicologiasocial.uab.es/athenea/index.php/atheneaDigital/article/view/ 1110.

 

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