No lugar dela

17/12/2020

Aqui você encontra o jogo No Lugar Dela.

O jogo é uma experiência que evoca as complexas decisões com as quais mulheres que vivem situações de violência se deparam quando buscam lidar com essas situações e procurarem ajuda no sentido de superá-las. Não só as decisões são difíceis. Também a busca por apoio em serviços o é. Por isso mesmo e porque a situação vivida tem sido envolta por silêncios que a tornam invisível como questão de qualidade de vida e direitos das mulheres, os caminhos que as mulheres percorrem quando decidem romper com os silêncios têm sido chamados de rotas críticas.

Os serviços que podem apoiar essas mulheres pertencem a distintos setores sociais, oferecendo cada qual, por sua específica vocação assistencial, diferentes tipos de intervenções e cuidados. Seu conjunto constitui uma possível rede intersetorial para o enfrentamento da violência contra mulheres.

Para saber mais acesse: Sobre o Jogo No lugar dela; Comentários acerca de Sobre o Jogo; e Violência de Gênero – a rota crítica das mulheres e a rede intersetorial de serviços.

A rede intersetorial e seus serviços estão representados no jogo e constituem caminhos possíveis.

 

Nosso jogo traz as histórias de Margarida, Rosa, Antônia, Carmen, Gabriela, Julia, Carina e Maria.

 

Tais histórias foram criadas para o jogo e se basearam em relatos de mulheres efetivamente em situação de violência. Tais relatos foram coletados em nossas pesquisas e também foram obtidos de casos efetivamente assistidos na atividade a que chamamos CONFAD (Conflitos Familiares Difíceis), que é parte da assistência integral provida às mulheres usuárias  do Centro de Saúde Escola Samuel B Pessoa do Butantã, em que desenvolvemos pesquisas, capacitações e atenção integral. Assim, nenhum relato é efetivamente um caso do jogo, mas suas personagens fundam-se em histórias vividas por muitas mulheres.

No jogo, nos aproximamos dessas mulheres.

No jogo, somos as personagens e decidimos as rotas que escolhemos como a melhor opção para lidar com a situação de violência

As ilustrações são criação de Marta Baião, artista plástica que também montou uma peça de teatro nesse tema, a peça Vulvar – No Lugar dela, baseada nas mesmas histórias.

 

O jogo tem o objetivo de integrar atividades educativas para trabalhadores da saúde, da assistência social, da justiça, da educação e para participantes de movimentos sociais.

Integra hoje em dia nossas capacitações em serviços e mesmo o ensino de graduação e pós-graduação que realizamos. Também é usado em oficinas sobre o tema violência contra a mulher. Em todas as ocasiões demonstrou-se um potente instrumento pedagógico, pela empatia que provoca entre as personagens do jogo e as pessoas em capacitação em serviço ou atividade de ensino-aprendizagem, em cursos curriculares, opcionais ou de extensão.

Por se tratar de tema complexo, sensível e recorrente na vida de muitas mulheres, recomenda-se que utilize o jogo em práticas educacionais, coordenadores de ensino que preferencialmente já jogaram, ou que tenham  experiência de atendimento às mulheres em situação de violência, pois pode ser que participantes, que se sintam especialmente mobilizada(o)s com a vivência do jogo, demandem um primeiro acolhimento durante a sessão do jogo. Se quiser saber mais sobre esse acolhimento, acesse o CONFAD e acesse também o Protocolo de atendimento a mulheres em situação de violência. Recomenda-se a leitura detalhada das instruções do jogo;

Detalhes de como jogar e mais sobre o jogo acesse:

 Para jogar