Departamento de Parasitologia – ICB

HISTÓRICO

O Departamento de Parasitologia resultou da fusão, em 1970, de quatro departamentos pertencentes às Faculdades de Medicina, Odontologia, Ciências Farmacêuticas e Medicina Veterinária e Zootecnia. Todos esses departamentos, especialmente o Departamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina, desfrutaram de grande prestígio na época, em nível nacional e internacional. Suas origens remontam a 1913, quando a Faculdade de Medicina contratou Emile Brumpt, conhecido parasitologista francês e autor do livro de referência mais importante à época, Précis de Parasitologie. Brumpt foi sucedido por Lauro Travassos e, na década de 30, por Samuel Barnsley Pessoa. Com seu enorme carisma e prestígio, Samuel Pessoa recrutou e formou pesquisadores como Pedreira de Freitas, Mauro Pereira Barreto, Antônio Dácio Franco do Amaral, Maria e Leônidas Deane, Luiz Rey, Ruth e Victor Nussenzweig, Luiz Hildebrando Pereira da Silva e Erney Plessmann Camargo.

Com o golpe militar de 1964, diversos pesquisadores foram cassados; muitos, além de cassados, foram presos. Todos deixaram a Faculdade de Medicina e, a maioria, o país. Somente a partir do final da década de 1980, o Departamento de Parasitologia, agora instalado no ICB-USP e sob a liderança de Erney Camargo, retoma sua posição de liderança nacional. Com o recrutamento de bioquímicos, biólogos moleculares, imunologistas e epidemiologistas para seu corpo docente, o Departamento ampliou e diversificou sua produção científica. Todos os atuais docentes mantêm laboratórios de pesquisa com amplo financiamento externo. Mais da metade recebe bolsa de produtividade científica do CNPq.

O Departamento tem papel fundamental em redes nacionais e internacionais de pesquisa em Parasitologia e Medicina Tropical. Participa de quatro Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do CNPq (Entomologia Molecular, Vacinas, Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infecciosas e Genética Médica Populacional), além de grandes redes de pesquisa financiadas pelo CNPq, CAPES e FINEP, com foco em malária, leishmanioses e dengue. No âmbito internacional, o Departamento coordena estudos sobre tripanossomatídeos e a malária na África, financiados pelo programa Pró-África do CNPq, além de participar de projetos financiados pela Comunidade Europeia, Organização Mundial da Saúde, Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos e Fundação Bill e Melinda Gates.