Pessimista? “Segunda Chamada” combate feminicídio ao expor realidade nua e crua

Sônia (Hermila Guedes) em cena de feminicídio em Segunda Chamada: série retrata dura realidade

“Segunda Chamada” não poupa o telespectador e escancara a realidade nua e crua em todos os temas sociais que aborda. E não é diferente no caso de Sônia (Hermila Guedes), vítima de violência doméstica desde a primeira temporada da série. Mesmo após a separação do agressor, a professora acaba entrando para a triste estatística de feminicídios ao ser cruelmente assassinada por Carlos (Otávio Müller) dentro da escola.

Apesar da série da Globo soar pessimista ao dar um fim trágico à personagem, a psicóloga Laís Nicolodi explica que as cenas podem servir de alerta e até combater o feminicídio ao exporem a realidade.

“Embora possa ser gatilho para muitas mulheres, falar sobre uma violência estrutural, que por vezes ainda é bastante invisibilizada na sociedade, é uma forma de tirar esse tópico da sombra e de dar mais ferramentas para que as pessoas se atentem ao que pode estar acontecendo ao redor delas ou até mesmo com elas. É algo que promove conscientização”, afirma a especialista em violência contra a mulher.

A mestra pelo Instituto de Psicologia da USP ainda ressalta que a conscientização é primordial para combater um problema coletivo estrutural e nocivo. Segundo o Monitor de Violência, uma mulher foi morta a cada seis horas pelo companheiro ou ex-companheiro no ano passado. O Brasil bateu recorde de feminicídios em 2022 ao registrar 1,4 mil assassinatos.

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Por: Débora Lima, para Notícias da TV, 27/8/2023