Capacitações recentes 2017-2021

04/08/2021

 

Você encontra aqui uma detalhada proposta de capacitação em serviço de saúde voltada para o enfretamento da violência doméstica contra mulheres ( VDCM). Essa proposta foi desenvolvida em 2017 e aprimorada em formato mais recente em 2021. Aqui você terá acesso por links com uma grande quantidade de material textual , vídeos e apresentações em slides que podem ser usados diretamente em outras capacitações ou podem inspirar novos desenhos ou modelos de ensino em serviços.

 

Duração:

1. Capacitação Direta a todos os profissionais – 12 horas em dois dias, sendo  um dia por semana; ou 12 horas distribuídas em 3 semanas – 3 sessões de 4 horas em dias diferentes, uma vez por semana (ciclos repetidos pra alcançar todos os profissionais da Unidade a depender das condições concretas de oferta de capacitação pelo serviço).

2. Capacitação por multiplicadores – adota-se essa capacitação quando se prefere capacitar, primeiro, profissionais de atuação específica no enfrentamento da violência ( 12 horas conforme acima) e estes passam a ser multiplicadores da capacitação, chamada de capacitação geral,  para toda a Unidade (06 horas). Igualmente a capacitação geral pode ser repartida em duas sessões de 03 horas cada, em semanas diferentes.

Facilitadores: Para qualquer das modalidades acima devem ser escolhidos os profissionais que coordenam as atividades da capacitação, que serão, nesse sentido, denominados de profissionais facilitadores do ensino/ aprendizagem. Na primeira modalidade – capacitação direta os coordenadores ou facilitadores serão pesquisadores do grupo de pesquisa ou coordenadores indicados pelas instituições proponentes da capacitação e na segunda modalidade (capacitação por multiplicadores) os facilitadores (ou os que coordenam a atividade) serão profissionais do NPV ou NASF. E estes foram já treinados pela capacitação direta de 12h, para profissionais específicos  antes mencionada.

 

Modalidades:

1. Capacitação direta – os profissionais serão reunidos em pequenos grupos (máximo de 10 pessoas) nas salas preparadas para esse fim. Sendo uma capacitação para todos os profissionais, pressupõe-se que qualquer profissional poderá identificar e acompanhar casos de violência doméstica, requerendo aqui a capacitação mais aprofundada ou que chamamos específica para atendimento especializado em casos de violência e que dura 12 horas, como acima.

2. Capacitação por multiplicadores – essa capacitação dá-se em duas etapas:

1º etapa. a equipe de pesquisa/ ou a coordenação da instituição proponente realiza a capacitação de profissionais pertencentes ao NPV (Núcleos de Prevenção da Violência conforme estabelecido pela linha de cuidado da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo) ou NASF (Núcleos de Apoio às equipes da Estratégia Saúde da Família) instâncias dentro da UBS que respondem diretamente pelo enfrentamento à violência e que são considerados profissionais especializados para casos de violência doméstica contra mulheres (VDCM) nas UBS. Esta capacitação é específica a esses profissionais e como já dito mais aprofundada que a capacitação geral, a qual será realizada por esses profissionais NPV/NASF;

2ºetapa. Os profissionais do NPV ou do NASF são multiplicadores da capacitação e realizam a atividade com os demais profissionais de sua UBS, no formato capacitação geral.

O desenho, os materiais usados e a metodologia da capacitação específica  e da capacitação geral serão descritas a seguir.

 

Objetivos das  Capacitações:

  • Identificar com clareza e/ou definir qual será o fluxo interno à UBS, a partir da identificação do caso, para seu atendimento, levando em conta as políticas locais. Por exemplo, no município de São Paulo usamos: todos os casos de Violência Doméstica contra a Mulher (VDCM) identificados seriam discutidos/encaminhados ao NPV/ NASF, como profissionais de referência, para atendimento conjunto, matriciamento ou referência/contra-referência com as equipes do cuidado direto dos casos e também com a rede intersetorial de enfrentamento da VDCM.

  • Discutir estratégias de segurança e plano assistencial com possíveis encaminhamentos externos para a rede intersetorial especializada em VDCM. Pode-se usar os materiais acima indicados para atingir esse terceiro objetivo

  • Discutir a notificação compulsória e a vigilância epidemiológica, assim como o registro em prontuário dos casos de VDCM, bem como questões de arquivamento e guarda dos prontuários, abarcando sigilo, privacidade e respeito aos dados das mulheres.

  • Recomendamos que os profissionais especializados na atenção a mulheres em situação de violência possam ter sessões de supervisão clínico-institucional. É interessante que essas supervisões ocorram em reuniões mensais para discussão dos casos com todos os profissionais da Unidade envolvidos e contando com a presença do gestor da Unidade. Isso dará à supervisão um apoio de caráter multidisciplinar no formato trabalho em equipe.

  • Recomendamos mapear e fortemente interagir com os demais serviços da possível rede intersetorial especializada em VDCM, na localidade da instituição proponente, a fim de realizar uma política mais integral de enfrentamento e assistência dos casos. A esse respeito veja-se mais detalhadamente a rede intersetorial em GUIA atual de serviços. Se a Unidade não tiver uma rede mapeada na localidade, sugere-se mapear esses serviços, para o que indicamos o seguinte instrumento de pesquisa: Guia de serviços: mapeando serviços.

Para acessar:

1.    exemplo da capacitação 12 horas por via do detalhamento da capacitação por multiplicadores (capacitação em 03 sessões)

                                    e/ou

2.    exemplo da capacitação de 06 horas por via do detalhamento da capacitação por multiplicadores para os demais profissionais da Unidade (capacitação em 02 sessões)

clique aqui.

 

Materiais para a capacitação especializada ou específica NPV/NASF/ ou como capacitação direta para todos (12 horas):